21
abr 2009

Finalmente, quase um ano depois do lançamento do filme, sentei no sofá (com um balde de pipocas, é claro), e assisti a WALL-E.
A primeira coisa que me veio à cabeça é que o filme é um chute na bunda dos seres humanos. Reúne absolutamente tudo de ruim que viemos fazendo à humanidade em apenas 98 minutos. E, ainda que o filme seja direcionado a humanos, o protagonista é o simpático robô WALL-E - que, em muitos aspectos, mostra-se mais humano do que nós.
Na trama, depois que o planeta é praticamente soterrado por todo o lixo que a humanidade produziu, a BNL, empresa que comanda o mundo, envia todos os seres vivos a AXIOM, uma estação espacial completamente automatizada, onde aspectos como andar e relacionar-se humanamente são desnecessários. Vemos pessoas obesas sentadas em confortáveis cadeiras automáticas, que as levam para onde elas querem ir, comendo; as diretrizes de ensino básico como ler e escrever são baseadas nas iniciais da mega-empresa responsável pela construção da estação espacial; anúncios que, imediatamente, fazem as pessoas seguirem as tendências expostas, caracterizando uma verdadeira lavagem cerebral.
O intuito era passar apenas 5 anos na nave, enquanto a Terra fosse limpa por máquinas (chamadas de WALL-E) e o planeta se tornasse habitável novamente. Só que todos os robôs acabaram sendo "derrotados" pela quantidade absurda de lixo e pararam de funcionar... com a exceção de um, que permanece no planeta por 700 anos, trabalhando sozinho.
Durante esse tempo, ele desenvolve interesse pela cultura humana, personalidade e sentimentos, quando conhece EVA, uma nova espécie de robô enviada à Terra para procurar exemplares de vegetais vivos (o que significaria que a vida seria possível novamente).

05
abr 2009
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Sou gremista. Desde pequenininha. Desde que vi aquela camiseta azul celeste. Acho que com todos os torcedores, de todos os times, é assim. Não tem como explicar. É tesão, é amor. Bateu o olho, apaixonou. E dói quando a gente perde. Aaaaah, se dói.
O Grêmio vem passando por uma fase ruim. Ah, sim, está na Libertadores da América, líder de sua chave. Sim, estava disputando o Gauchão (até hoje, quando perdeu de 2x1 para o seu maior rival, o Internacional, clube que, ontem, comemorou 100 anos de existência e estava com a bola toda - literalmente). Mas tem alguma coisa que simplesmente não está certa. Tentativas de gol frustradas (a bola parece se recusar a entrar!), um técnico carrancudo, que chega a despertar a ironia da torcida adversária... mas o furo é mais embaixo. O problema é interno, e vem lá de cima, da diretoria.
É bom que estejamos na Libertadores. Só que, na minha concepção, para ganhar, devemos merecer. E, atualmente, quem está não é a diretoria, nem o técnico, mas os jogadores. Só que tem mais alguém que precisa de uma vitória merecida, alguém que o Grêmio parece estar esquecendo: os torcedores.

Precisei ir para o centro, ontem e hoje à tarde, antes do Gre-Nal (o maior clássico do Rio Grande do Sul). Temi ver uma maré vermelha, afinal, o clube estava de aniversário, ontem, tinha tudo para comemorar. Mas o que vi foram dezenas de pessoas vestindo a camiseta azul-celeste. Homens, mulheres, jovens e crianças, todos unidos por um mesmo propósito: o amor ao time.
E perdemos hoje, novamente. O oitavo clássico consecutivo sem vitória.
É claro que não vamos parar de torcer, mas espero de coração que os dirigentes do Grêmio planejem melhor o relacionamento com a torcida. E que ajeitem seus problemas para que isso não se reflita no desempenho do time.
Porque dar e não receber nada em troca... chega uma hora que cansa.