Ficção científica?
Adoro filmes de ficção científica como Minority Report, Matrix e até Tron. São tramas que nos tiram da realidade, quase como um escape dos problemas rotineiros (e, às vezes, nem tão rotineiros assim) que temos de enfrentar. Agora, gênios como Pranav Mistry e a criação do que ele chamou de Tecnologia de Sexto Sentido, por exemplo, fazem que as ideias por trás destas produções cinematográficas possam vir a se tornar realidade em uma questão de poucos anos.

O dispositivo criado por Pranav permite uma interação incrível com a internet e os seres humanos. Faz com que simples atividades como buscar um livro na biblioteca ou esperar de pé no metrô tornem-se interativas, buscando uma classificação para a obra e jogando uma espécie de pingue-pongue virtual com o pé - cuja bolinha é projetada através do dispositivo no próprio chão do veículo, sem telas especiais.

Cada vez que fico sabendo de obras como essas, ao invés de respostas, parece que meu cérebro se enche com milhões de perguntas. Como administrar esses produtos? Como será a adaptação das tecnologias antigas para as novas? Como aplicar os conceitos de comunicação que aprendemos em dispositivos mega interativos como o de Pranav? E, talvez a maior de todas, o que mais ainda vão inventar?!

Pensar em uma reportagem e publicá-la na internet, por exemplo, já não seria o suficiente. Ela teria de ser produzida de forma que, quando o indivíduo entra na livraria para comprar uma obra, possa acessar um banco de dados de reportagens, resenhas sobre a obra, perfis do autor, matérias sobre o assunto...

Talvez, o jornalismo teria de se transformar, de fato, em um imenso banco de dados, com reportagens, sempre atualizadas, sobre assuntos como nutrição ou saúde, disponíveis para serem acessadas quando a pessoa vai ao supermercado ou faz um exercício físico. Com a imensa quantidade de conteúdo na internet, disponível para acesso de qualquer lugar e atualizado de minuto a minuto, andavam dizendo que o jornal impresso iria terminar. Pois, na obra de Pranav, ele mostrou que misturar conceitos "antigos" a tecnologias novas pode dar muito certo. Ele misturou a interatividade da web com um jornal impresso. Acessou o conteúdo do site do jornal e assistiu ao vídeo correspondente à matéria com apenas um pedaço de papel branco para servir de base para o projetor. Suponho que o usuário poderia ter a possibilidade de acessar o site para ver qual foi a repercussão da notícia publicada na edição impressa - se for um julgamento, como está o caso naquele momento.

Leva o conceito de convergência a um outro nível, quase que incompreensível.

Costumávamos pensar que a internet e telefones sem fio jamais existiriam. Hoje, temos os dois integrados. O que vem por aí? Carros voadores que não precisem de gasolina nem de combustíveis não-renováveis? Teletransporte, quem sabe?

Definitivamente, a ficção científica está cada vez mais próxima de se tornar realidade.
Ressurgindo com a interatividade
Não atualizo este blog há exatamente 26 semanas e 5 dias. Que coisa, não? Precisei de duas aulas da disciplina de Web para Comunicação para fazer com que eu ressuscitasse essa belezinha (aliás, preciso mudar o layout. Excesso desnecessário de cores e informação!).

Não culpo a correria do dia a dia pela minha ausência do mundo blogueiro - sempre segui o conceito "quem quer, consegue". E não é que eu não quisesse atualizá-lo (juro!), mas outras tantas ofertas de interatividade andaram ocupando minha cabeça. Twitter, Facebook, Orkut (que já está mais para lá do que para cá)... Criei até um blog sobre seriados, dentro do site do Jornal NH (acessem lá: Sérielepes). São inúmeras as opções de redes sociais para escolhermos - o que me traz ao assunto da aula desta quinta-feira: Web 2.0.

Ao contrário do que muitos pensam (e eu também costumava pensar), a Web 2.0 não é uma versão turbinada e iluminada da internet, mas uma representação da interatividade.

Para quem cresceu ou acompanhou de perto (para não dizer de dentro) a evolução das redes sociais, é difícil imaginar um mundo sem elas - ou um site de notícias que não ofereça a opção de comentários. É assim que a internet costumava ser.

Com a Web 2.0, surgiu uma interatividade imensa. O internauta, antes apenas um leitor, agora é, também, fornecedor de informações, tudo ao mesmo tempo, agora, junto e reunido. O jornalismo online, por exemplo, é a epítome da Web 2.0. Sites de notícias como o G1, Estadão, Folha de S. Paulo, Jornal NH e Zero Hora oferecem, além da informação, o espaço para o leitor se pronunciar (formulários de contato), dizer o que pensa (comentários), e até oferecer informações (o famoso "leitor repórter", ou "você repórter"), vídeos e fotos. Ao invés de reportagens em profundidade, notas rápidas (e selecionadas por sua relevância) são produzidas e postadas quase na mesma hora em que a notícia acontece, com a possibilidade de um aprofundamento no futuro.

Na Web 2.0, o internauta tem o poder. O espaço é dado a ele, para elogios e críticas (e ah, como nós, internautas, gostamos de criticar!). A internet vira quase que um desabafo, tanto relacionado à sociedade e seu modo de agir quanto com questões pessoais - o Twitter é o melhor exemplo. São 140 caracteres para dizermos o que estamos fazendo ou, no caso, sentindo.

Web 2.0 é interatividade pura. É informação viajando à velocidade da luz, batendo, rebatendo e voltando, navegando entre emissor e receptor com uma rapidez formidável - e produzindo reações mais formidáveis ainda. Os leitores não somente comentam o conteúdo como o produzem. Se chegamos a este ponto, é fascinante começar a refletir e fazer aquela perguntinha básica: onde o mundo vai parar? Faremos absolutamente de tudo através da internet e do computador? Veremos programas passarem a pensar por si próprios, como sugere o filme Tron?

Não faço a mínima ideia, mas será incrível descobrir. Agora, se me dão licença, vou Twittar!