No país das maravilhas...
Uau. Uau. Tim Burton conseguiu de novo. Na última sexta-feira, dia 23, ao invés de apresentar um louco com mãos de tesoura, ou me levar à uma maravilhosa fábrica de chocolates, fiz uma viagem ao país das maravilhas.

Outra obra-prima do diretor. Achei Alice absolutamente fantástico. Seguiu a história original com algumas mudanças interessantíssimas. Para completar, o roteiro estava repleto de mensagens subliminares, desde os elementos similares entre a realidade e a ficção do sonho de Alice até a relação entre o dragão e casamento (o que, vamos combinar, podem ser parecidos, às vezes).

A propósito... o 3D deu de dez a zero em Avatar. Foram quase duas horas que pareceram se passar em minutos enquanto estávamos absortos no sorriso misterioso do Gato, nas loucuras do Chapeleiro, na maldade da Rainha Vermelha e na inocência de Alice.

E o Johnny Deep... aah, Johnny Deep! Os homens que me desculpem pelo comentário, mas ele consegue ficar lindo até maquiado daquele jeito. E a atuação foi incrível. Não é à toa que Tim Burton gosta de trabalhar com ele.

Roteiro, efeitos especiais, direção... simplesmente fantásticos. Um campeão de bilheterias, com certeza, e não é por nada. Recomendo geral.
O bom é contar nos dedos
Não é uma sensação terrível, o desapontamento?

Ele está constantemente presente no nosso dia-a-dia, tanto em pequenas quanto em grandes atitudes. Começa com aquela sensação de contrariedade, aí se expande como se nosso estômago afundasse até os pés, como se o mundo estivesse girando. É quando vem aquela famosa coceirinha no canto dos olhos e na ponta do nariz, que antecede as lágrimas...

Cada vez mais, convenço-me de que a maioria das pessoas pode até ser passageira, mas as marcas que elas deixam duram para sempre. Às vezes, acabam virando cicatrizes doloridas. Elas param de latejar aos poucos, com pequenas atitudes daquelas poucas pessoas que sabemos que, não importa o porque, o quando nem o como, estarão do nosso lado, seja para conversar até as quatro da manhã, deixar um bilhetão colorido e enorme no primeiro dia de um novo trabalho, ligar e deixar uma mensagem na internet para saber se estamos bem ou, simplesmente, dar aquele abraço apertado.

Dedico esta postagem aos amigos e familiares com quem eu sei que posso contar. Eles sabem quem são e sabem que eu estarei sempre lá, também.

Afinal, penso que é melhor poder enumerar nos dedos o número de pessoas com quem se pode contar do que ter 900 amigos e não estabelecer laços fortes com nenhum.