Em qualquer área de atuação profissional, existem dias bons e ruins. Às vezes, temos vontade de puxar os cabelos. Outros, passamos o dia todo sorrindo, exultantes em desenvolver cada uma das tarefas que nos são passadas.
Trabalho no Jornal Comunidade, um dos veículos de Comunicação da Feevale, instituição onde estudo. Depois de fazer todas as reportagens, fotos, diagramá-las e mandar o jornal para a impressão, temos de distribuí-lo.
Hoje, levei exemplares para uma das nossas fontes, que me havia concedido uma entrevista para a matéria da contracapa. Deixei o jornal com ela e fui entregar para outra fonte, que estava trabalhando na mesma sala.
Eu estava quase indo embora quando ela me chamou. Virei-me e, para a minha surpresa, lá estava ela, segurando o jornal, olhando para mim com os olhos marejados de lágrimas. Por uma fração de segundo pensei "Oh, não, o que fiz de errado?". Foi quando ela afirmou que estava emocionada com a matéria que eu havia escrito. Que gostou muito da maneira com que organizei as falas dela, sobre o projeto de extensão que coordena, e os fatos que ela havia me passado.
São momentos como esse que me fazem perceber que, às vezes, não fazemos idéia do quanto o nosso trabalho pode afetar uma pessoa, tanto negativa quanto positivamente.
É ótimo ter o trabalho reconhecido, assim. A sensação de escrever uma matéria e vê-la não somente publicada, mas sendo apreciada por outras pessoas é indescritível.
Isso não precisa acontecer somente no jornalismo. Mas é esse tipo de satisfação que nos faz perceber que escolhemos a profissão certa.