...R.I.P. Michael Jackson
Conturbados: assim podem ser descritos os últimos anos da vida de Michael Jackson. Mesmo com acusações de pedofilia, dívidas, doenças e uma série de excentricidades, Michael Jackson não perdeu o título de Rei do Pop (apenas a majestade, talvez).
Ele foi uma lenda. Um ícone da música e da dança. Um astro, que vendeu cerca de 750 milhões de discos.
Talvez tenha começado a carreira cedo demais, talvez tenha se perdido, como tantos outros artistas, em meio à fama, o dinheiro e o sucesso.
Uma pena que tenha se envolvido em tantas confusões. Foi um talento imenso, que brilhou durante anos e que acabou sendo desperdiçado. Ele até tentou voltar à ativa - estava com um roteiro de 50 shows programado... mas não deu tempo.
Como disse o crítico José Teles, do JC Online, a carreira do rei do pop acabou degringolando e tornando-se triste, trágica e um tanto quanto grotesca.
Uma pena... mas o que permanece agora, imaculada e bela, é a sua música, bem como os passos de dança criados por ele, que incentivaram e inspiraram artistas por todo o mundo.
(Ficam também, é claro, as lembranças, e todo o dinheiro que a mídia lucrará em cima delas e da morte do cantor. Por que será que as pessoas têm de morrer para serem "valorizadas"?).
...Só com diploma!
Naquela manhã, 80 mil trabalhadores levantaram de suas camas e não foram trabalhar. Naquela manhã, cidadãos do país inteiro estranharam; sentiram-se desesperados com a falta de notícias. Nenhum veículo de Comunicação publicava nada. Naquela manhã, 80 mil trabalhadores mobilizaram-se, pela defesa de um jornalismo melhor.

É claro que esta é uma história que não aconteceu.

Ontem à noite, O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou o recurso que abolia a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para exercer a profissão.

Talvez devêssemos ter nos mobilizado mais - a união faz a força, afinal. O fato é que, ao meu ver, o STF fez a maior besteira de todos os tempos. Desvalorizaram completamente universidades, professores, futuros profissionais e a essência da profissão.

Não, não é o fim do mundo. No entanto, quero só ver as repercussões que essa decisão estúpida vai causar. Espero, apenas, que a qualidade do jornalismo não seja prejudicada. Um jornalismo ruim faz uma sociedade ruim.

Para o inferno com o STF e as grandes corporações que, com certeza, foram a lenha, o fósforo e o querosene para incendiar essa enorme fogueira. Jornalista precisa de diploma SIM.
...A profissão certa
Em qualquer área de atuação profissional, existem dias bons e ruins. Às vezes, temos vontade de puxar os cabelos. Outros, passamos o dia todo sorrindo, exultantes em desenvolver cada uma das tarefas que nos são passadas.
Trabalho no Jornal Comunidade, um dos veículos de Comunicação da Feevale, instituição onde estudo. Depois de fazer todas as reportagens, fotos, diagramá-las e mandar o jornal para a impressão, temos de distribuí-lo.
Hoje, levei exemplares para uma das nossas fontes, que me havia concedido uma entrevista para a matéria da contracapa. Deixei o jornal com ela e fui entregar para outra fonte, que estava trabalhando na mesma sala.
Eu estava quase indo embora quando ela me chamou. Virei-me e, para a minha surpresa, lá estava ela, segurando o jornal, olhando para mim com os olhos marejados de lágrimas. Por uma fração de segundo pensei "Oh, não, o que fiz de errado?". Foi quando ela afirmou que estava emocionada com a matéria que eu havia escrito. Que gostou muito da maneira com que organizei as falas dela, sobre o projeto de extensão que coordena, e os fatos que ela havia me passado.
São momentos como esse que me fazem perceber que, às vezes, não fazemos idéia do quanto o nosso trabalho pode afetar uma pessoa, tanto negativa quanto positivamente.
É ótimo ter o trabalho reconhecido, assim. A sensação de escrever uma matéria e vê-la não somente publicada, mas sendo apreciada por outras pessoas é indescritível.
Isso não precisa acontecer somente no jornalismo. Mas é esse tipo de satisfação que nos faz perceber que escolhemos a profissão certa.