Velinhas...
Aniversário é algo tão bom, não é? E, ao mesmo tempo, tão simbólico... É ótimo ouvir as pessoas cantando parabéns, reunidas... ganhar presentes e comemorar com a família e os amigos.
Agora, é muito comum ouvirmos a pergunta "E aí? Como se sente agora, com *tantos* anos?". Mas fico pensando... as mudanças que constantemente ocorrem nas nossas vidas não acontecem de uma hora para a outra... acontecem gradualmente. Processos de amadurecimento, não é mesmo?

Cada ano, conhecemos pessoas novas, fazemos mais amigos, temos novos amores, aprendemos coisas que jamais tínhamos pensado em aprender... Todos os dias, acontece alguma coisa que vale a pena ser lembrada.

Uma data para se comemorar por ano... devíamos comemorar todos os dias simplesmente por estarmos aqui; celebrarmos cada vez que alcançamos alguma vitória.
Aumentei a quantidade de velinhas no meu bolo faz dois dias, mas, seguindo o que acabei de falar, acho que eu deveria desejar é um Feliz Aniversário a todos vocês!

"Eu odeio segunda feira!"

Com certeza, é uma das frases mais ditas da humanidade. Como o famoso gatinho Garfield, todo mundo odeia segunda feira... por quê será?

Número um: é o início da semana e o fato de que ainda teremos quatro dias a mais até chegar o fim-de-semana.

Número dois: segunda-feira vem logo depois do fim-de-semana. Ou seja, tanto indo para a balada ou ficando em casa em fazer nada nos dois abençoados dias de folga, basta chegar a segunda-feira e viramos em um trapo. Se saímos, obviamente ficaremos podres de sono por não termos dormido bem. Se ficamos em casa, ficaremos nostálgicos com a vontade iminente de continuar descansando...

Complicado, não? Só que, partindo do princípio dos 5 dias úteis, o fato é que, se a semana começasse na terça, seria a mesma coisa. Talvez seja algo meio psicológico...

O jeito é tentar vencer o cansaço, pensar positivo e viver um dia após o outro.
Domingos...
Domingo é um dia de descanso, para muitos. Dia de dormir até tarde... sair com a família, ou até ficar em casa... olhar um filminho, talvez?
Talvez. Mas há profissões que não permitem que o domingo seja usado para o descanso. Jornalismo é uma delas.
Gostaria de publicar aqui um trecho de um texto muito inspirador, escrito por Marcelo Rech, jornalista e diretor-geral de Produto do Grupo RBS.

"[A palavra] repórter não descreve apenas a função iniciante de uma redação, mas um estado de espírito. Repórter e sinônimo de inquietação, de saber perguntar e saber ouvir, de humildade e curiosidade sobre tudo o que nos cerca, de paciência e obstinação, de criatividade e fidelidade aos fatos, de ousadia e senso de dever, de sensibilidade com os outros, equilíbrio com as versões e firmeza com os princípios. Ser repórter é ansiar por missões espinhosas, desbravar caminhos nunca percorridos, perscrutar o que se mantém oculto, juntar dados aparentemente desconexos e trazer à luz o que ainda está por se conhecer e por se fazer."
O último homem na Terra
O que você faria se fosse o último homem (ou mulher) vivo na Terra?
É mais ou menos do que se trata o filme Eu sou a lenda, dirigido por Francis Lawrence.
Will Smith interpreta o virologista militar Robert Neville, que, por alguma razão, é imune ao vírus terrível que assolou a cidade de Nova York - e o mundo. Sozinho na ilha de Manhattan, Neville envia mensagens todos os dias através de todas as freqüências AM disponíveis, na esperança de encontrar um sobrevivente como ele e, à noite, quando as vítimas mutantes do incurável vírus atacam, ele se tranca em sua casa e faz testes com os mutantes que captura, na esperança de encontrar uma cura.
O filme começa mostrando uma entrevista com uma médica que, modificando o vírus do sarampo, descobriu a cura para o câncer.

"Quantos testes em humanos foram feitos até agora?" perguntou a jornalista.

"10.009," respondeu a médica.

"E quantas pessoas se livraram dos tumores?"

"10.009."

"Então vocês afirmam ter encontrado a cura para o câncer?"

A médica sorri. "Sim. Encontramos a cura para o câncer."

A cena muda e, três anos depois, Nova York é mostrada vazia, morta e completamente quieta. Foi extremamente interessante (e um tanto quanto perturbador) ver a cidade que nunca pára mostrada daquela maneira.

As pessoas "curadas" pelo câncer começaram a apresentar sintomas estranhos e transformaram-se em canibais rápidos e fortes, que comiam todos que viam pela frente. O governo americano colocou Nova York em quarentena, e só saíam da cidade aqueles que comprovadamente não estavam infectados. O vírus se espalha e só sobra Neville e sua cachorra, Sam.

Ouvi algumas críticas ruins ao filme, afirmando que ele era ficção científica demais. De fato, o filme não é baseado em fatos reais, e sim em um romance de Richard Matheson. A história tem seu lado exagerado, é claro. Mas achei extremamente interessante o seguinte contexto: a cura do câncer foi encontrada de uma hora para a outra e, por conseqüências certamente não previstas, a humanidade foi levada à beira da extinção. Talvez para tudo exista uma razão...

É claro que nossos cientistas jamais desistirão de tentar encontrar uma cura para a horrível doença que é o câncer. Mas talvez a mensagem subliminar do filme tenha sido justamente demonstrar que há coisas ainda piores que podem vir a acontecer. E demonstrar, também, que quem causou a semi-destruição da humanidade fomos nós mesmos.