Salvem os canudos!
(Canudos, diplomas, como quiserem chamar.)

Hoje, respondi à uma enquete sobre a desregulamentação da formação jornalística. E... bem, devo dizer que tal atitude seria uma enorme estupidez.

Não é simplesmente pela questão de ter o "canudo" ou não. Muito menos uma questão de divisão social. Mas o jornalismo é uma profissão séria - muito séria. Um jornalista é um comunicador, é o elo entre os acontecimentos e o povo, é um formador de opinião pública. Vamos para a faculdade justamente para aprender como nos tornarmos esse profissional de forma ética, de forma apropriada. E se desregulamentarem a profissão? E se não precisarmos mais termos um título acadêmico para sermos contratados por um veículo de comunicação de massa? Bom, em primeiro lugar, a qualidade das matérias publicadas cairá significativamente.

O jornalismo, bem como todas as outras profissões, exige um conhecimento prévio. Sem a teoria, a prática não existiria.

Devemos valorizar a formação acadêmica. Afinal, se a profissão for desregulamentada, o que vamos fazer? Largar a faculdade e, ainda assim, esperar que sejamos contratados pela RBS ou pela Globo? Acho que não.

Salvem os canudos!

A ver esfihas...
Durante a correria das últimas duas semanas (que foi, também, a razão pela qual não atualizei o blog na velocidade em que gostaria), fiz duas paradas no fast-food Habib's - em dois restaurantes localizados em lugares diferentes. Comida legal, não? Meio exótica, sucos deliciosos e sobremesas tentadoras. É.

Não foi a primeira vez que comi lá. Mas foi, certamente, a primeira vez em que fui extremamente mal-atendida.
No primeiro fast-food, a comida demorou horrores para chegar - e tínhamos horário a cumprir. Quase que tivemos de sair carregando as esfihas e comendo no caminho. Aí chegou a hora de pagar... e foi aí que me subiu o sangue. Tudo bem, não sou exatamente uma pessoa paciente. Mas a atendente que estava responsável pelo caixa me fez realmente entender o significado pleno e desagradável da expressão "cara de cú". Perdoem-me pela linguagem xula, mas não há outra palavra que descreva a face da funcionária, que se irritou profundamente ao ter que registrar o pagamento da mesa 45, em que sentávamos, por achar que ela já havia feito tudo. Como se não bastasse, ainda ficou fazendo cara feia para a supervisora e para o colega que tentavam ajudar.

Na outra filial, sentamos, examinamos o menu, decidimos o que íamos pegar e pedimos. Meia hora depois, chamamos o garçom e ele havia aparentemente esquecido de registrar o pedido. Que beleza, não? No caixa, os atendentes foram um pouco mais simpáticos.

Pode ser que eu tenha coincidentalmente pego os funcionários em um dia ruim. Mas mesmo assim... em todos os trabalhos - especialmente envolvendo o atendimento direto ao cliente, espera-se que os problemas pessoais e o eventual (e normal) mau-humor seja colocado de lado. É o que fazem nos bons restaurantes.

A todos aqueles que gostam do Habib's: não se enfureçam. Eu também gosto da comida de lá. Estou meramente apontando que, em um restaurante, o mínimo que eles devem fazer é atender de forma respeitosa e eficiente.

Como já disse, não foi a primeira vez que fui lá, e posso afirmar que não será a última. Acho um ambiente diferente e legal. Só espero que, da próxima vez, eu possa fazer o pedido, recebê-lo em um tempo aceitável e pagar sem ter que ficar encarando uma atendente mal-humorada.
Tempo...
Quem faz o tempo?

É uma pergunta que freqüentemente me faço, ao ouvir as pessoas afirmarem que "estão sem tempo" para fazer tudo o que querem ou precisam.

Obviamente, a vida exige que dediquemos uma grande parte de nosso tempo disponível a uma atividade específica - ou a várias, uma atrás da outra, sem parar. Alguém que esteja concentrando-se exclusivamente a sua vida profissional ou acadêmica dificilmente terá tempo para outra atividade. Uma dona-de-casa, tão preocupada em guiar a família e dar conta dos afazeres domésticos, dificilmente terá tempo para si mesma.

Mas será que o problema é a falta de tempo? Será que o tempo não está simplesmente ali, esperando ser encontrado?

Quem faz o tempo?

A resposta, na minha opinião, é relativamente simples...

Nós. Nós fazemos o tempo. Nós temos o poder de organizar nossas vidas do modo que bem entendermos. Talvez seja simplesmente uma questão de planejamento, mas acho que o mais importante, acima de tudo, é estarmos felizes com o rumo que demos à nossa vida.

Esse post não tem realmente outra função a não ser fazer as pessoas pensarem sobre o tempo, já que, ultimamente, ando sem nenhum. Mas, bem, talvez isso seja simplesmente uma falta de organização minha.